Com o objetivo de discutir a elaboração do Mapa Guarani, ferramenta útil para defender os direitos dos povos Guarani e lutar pela conservação da biodiversidade ameaçada no Brasil, Paraguai e Argentina, grupos representantes destas nações encontraram-se nos dias 21 e 22 de fevereiro em Ponta Porã- MS. As pautas do encontro foram: o mapa (apresentação, ortografia guarani, impressão e distribuição), a publicação do caderno que explica a carta geográfica, a base de dados (direitos, uso, divulgação), o futuro para o Mapa Macro Guarani (incluindo o litoral atlântico do Brasil, norte da Argentina e oriente da Bolívia), projetos complementares na área guarani, cronograma de trabalho em 2008 e repartição das tarefas e compromissos. Representando a Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) e o Núcleo de Estudos e Pesquisas das Populações Indígenas (Neppi) estavam presente, Rosa Sebastiana Colmam e Celso Smaniotto, integrando também a equipe brasileira estava: Carlos Macedo, Gilberto Azanha, Levi Pereira, Graciela Chamorro, Maria Inês Ladeira, Egon Heck, Alicia Rolla e Alexandre Degan. Compondo o grupo de trabalho paraguaio estavam: Bartomeu Melià, Jorge Servín, Jorge Acuña, Luís Medina, Ana María Fernández e Silvio Chirife.
Da equipe Argentina estavam presente: María Elena Benítez, María Josefa Ramírez, Vasco Baigorri, e por fim, os convidados: Fátima Nascimento, Guga Sampaio e Fiona Watson. E Jorge Grünberg (Áustria) coordenador geral do projeto encaminhou os trabalhos. Durante a discussão, foi definido que a Nação Guarani, que compreende aos povos: Ache, Mbya, Pai/Kaiowá e Ava/Nhandeva, serão destacados na representação cartográfica com cores diferentes. Assim como serão enfatizados com círculos etnicamente diferenciados, casos como das comunidades indígenas do Brasil, que irão ser distinguidas de acordo com a situação de seus territórios, nas categorias: comunidade com terra legalizada, comunidade com terra em trâmite judicial, comunidade sem terra e sem trâmite judicial.
Segundo a proposta inicial, os interessados, poderão encontrar no caderno de publicação, o mapa contextualizado com a situação histórica e social atual dos Guarani, os casos jurídicos e de posse das terras consideradas indígenas, o estudo sobre os males e ameaças contra o território guarani, entre outras informações. Este material também poderá ser encontrado em três idiomas, castelhano, português e guarani, e estará disponível em banco de dados no formato eletrônico para uso de todas as organizações e iniciativas de apoio a estes povos. Os pesquisadores, já cogitam a possibilidade em dar seguimento a iniciativa em 2009, com a produção do mapa Macro Guarani que irá incluir todas as comunidades Guarani da América do Sul.